A Polícia Civil revelou detalhes do depoimento de dois adolescentes, enteados do líder comunitário Wanderley Rodrigues, morto no mês passado. De acordo com a Delegacia de Homicídios, um dos adolescentes contou que sofreu violência doméstica junto com sua mãe no dia do crime.
Já o segundo menor contou à polícia que implorou e conseguiu convencer o policial militar Danilo Silva a ir até a casa da família para “prender ou tirar algum tipo de satisfação”, conforme revelou o delegado Praxísteles Martins. Ainda em depoimento, o adolescente disse à polícia que a intenção nunca foi a de matar Wanderley Rodrigues e que o tiro o atingiu acidentalmente.
Uma terceira pessoa também está sendo investigada, suspeita de envolvimento com a morte do líder comunitário. De acordo com a polícia, o PM Danilo recebeu uma ligação que o fez mudar de rota antes de cometer o assassinato. O objetivo da Delegacia de Homicídios, agora, é verificar “quem ligou, porque ligou e se essa ligação foi determinante para o cometimento do crime”, explicou o delegado.
No dia em que Wanderley foi morto, a Patrulha Maria da Penha, que atende casos de violência doméstica, foi chamada duas vezes à casa onde o líder comunitário vivia com sua companheira, mas nas duas situações a mulher dispensou o atendimento e negou que tivesse sofrido algum tipo de agressão.
A Polícia Civil continua investigando o caso. Ainda de acordo com o delegado, o fato do policial Danilo Silva e do enteado da vítima terem coberto a placa do veículo que utilizaram pode sinalizar que eles não tinham “boas intenções”.