O número de boletins de ocorrência registrados pela Delegacia da Mulher de Imperatriz caiu desde que começou a pandemia, em março. De acordo com os dados da unidade policial, foram feitos penas 216 BO’s entre 23 de março e 30 de junho. No mesmo período do ano passado foram registradas 242 denúncias na delegacia.
A titular da unidade, Sylviane Tenório, ressalta que a redução dos números não significa a diminuição da violência. “Durante esse período de isolamento social as mulheres não só de Imperatriz, mas como do mundo todo, tiveram mais dificuldades para denunciar seus parceiros, motivo que gerou essa diminuição das denúncias”.
No mesmo período foram concedidas 182 medidas protetivas. Em 2019, foram 208 MPUs. A delegada também lembra que mesmo quem sofreu agressões no começo da pandemia ainda pode denunciar. “Os crimes de ação penal condicionada à representação, como violência doméstica e crime de ameaça, a vítima tem seis meses, a partir da identificação do agressor, para denunciar. O mesmo prazo vale para crimes de calúnia, injúria e difamação”.
Patrulha Maria da Penha
Nos casos em que a mulher consegue uma Medida Protetiva de Urgência, a Polícia Militar, por meio da Patrulha Maria da Penha, passa a monitorar essa vítima com o objetivo de evitar o descumprimento da restrição. Somente no primeiro semestre desde ano, 17 homens foram presos em Imperatriz por desrespeitarem a ordem judicial.
O coordenador da Patrulha Maria da Penha, tenente Edísio Loiola, destaca que o número de infrações desse tipo pode ser maior, já que em alguns casos o agressor consegue fugir antes da chegada da PM. “Foram 17 prisões, ou seja, 17 descumpriram a medida protetiva. Mas esses foram aqueles que chegaram a ser presos. A gente também tem os casos em que quando a gente chega ao local, o agressor foge ou, durante a visita, a vítima relata que ele descumpriu, mas que não está mais lá no local, então é mais difícil para termos números exatos de quantos descumpriram a restrição”.