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domingo, maio 5, 2024
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“Não podemos obrigá-los a jogar”, diz presidente do Imperatriz

O Presidente do Imperatriz, Adauto Carvalho, se manifestou sobre a possibilidade dos atletas do Cavalo de Aço não entrarem em campo no próximo sábado contra o Santa Cruz. Em nota enviada à imprensa, o gestor declarou que “não podemos obrigá-los a jogar, mas a nossa parte em relação a eles está em dias e as mesmas penalidades que o time sofrer, os atletas também sofrerão”.

A movimentação dos jogadores é para pressionar a diretoria a achar uma solução para o drama que o clube vive. Com apenas 14 jogadores no plantel e proibido de fazer novas inscrições, o Imperatriz tem um quadro de exaustão entre os poucos jogadores que sobraram, que alegam estar sobrecarregados por causa do desgaste extremo causado pela falta de peças para substituição nos jogos.

Mas o problema não pára por aí, além de ir para os jogos oficiais com o número mínimo de atletas, algumas posições também não têm jogadores de origem, como a lateral-direita, que vem sendo improvisada há quatro rodadas. Outros atletas mesmo lesionados ou em recuperação estão entrando em campo para cumprir os jogos. Para o grupo, a situação ficou “insustentável”.

O Imperatriz e a terceirização

Mas como o Imperatriz saiu de um clube que brigou pelo acesso no ano passado para um clube prestes a tomar W.O.? As dívidas trabalhistas do Cavalo de Aço consomem há anos receitas do clube, bem como os bens de dirigentes. Em um ano de pandemia, sem receitas e quase sem nenhum patrocínio, a agremiação entrou em crise, assim como outros clubes brasileiros.

No retorno do futebol, enquanto outros clubes maranhenses retomavam os treinos, o Imperatriz contava moedas para trazer jogadores e comissão técnica, pagar testes de Covid-19 e arcar com as despesas mínimas do translado. Nesse cenário, Conselho Deliberativo e Presidência receberam uma proposta de terceirização. A promessa do grupo empresarial JB Sports era injetar dinheiro no clube e até montar uma categoria de base.

Mas bastou uma semana de terceirização para que as promessas fossem colocadas em cheque. No Campeonato Maranhense, contra o São José, o Imperatriz levou uma goleada. Os atletas trazidos pela empresa também em nada acompanhavam o discurso de fazer dinheiro com a comercialização de jogadores: em sua maioria, figuras pouco rodadas, com baixo desempenho e acima dos 30 anos.

A cada rodada o clube foi somando vexames, mas nenhum ponto nas competições que disputava. Após nove rodadas e um único ponto na Série C, a terceirizada abandonou o time em Recife, no aeroporto, e na semana seguinte parte de seus atletas deixou a cidade. Em pouco menos de duas semanas o Imperatriz perdeu 11 jogadores e continuou sem conseguir contratar, já que tomou uma punição da FIFA por causa da transferência do atacante Breno Caetano no começo da temporada.

Agora, três semanas depois e beirando um W.O., o Imperatriz vive sua maior crise da história recente e tem cinco dias para evitar mais um capítulo nesse conto de terror que virou a temporada 2020.

Ananda Portilho
Ananda Portilho
Bacharela em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Maranhão, em Imperatriz. É repórter e âncora no Imperatriz Online. Apaixonada por futebol, animais e boas histórias.

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