A utilização de transporte por aplicativo voltou a ficar em evidência depois que um motorista foi esfaqueado por um passageiro nesta segunda-feira, em Imperatriz. A confusão, segundo a Polícia Civil, ocorreu após um desentendimento.
Para entender esse universo e saber um pouco das histórias de quem trabalha com esse tipo de serviço, o Imperatriz Online ouviu alguns motoristas que relataram problemas com passageiros e desrespeito às regras estabelecidas pelas próprias plataformas de transporte por app.
“Em cerca de 60% das viagens que faço por dia ocorrem desentendimentos. Os motivos mais comuns são endereço errado, pedidos para levar mais pessoas do que o permitido, excesso de bagagem, tempo excedido de embarque e até de desembarque, pedidos para andar acima da velocidade permitida, pegar a contramão, entre outros”, conta um motorista.
Do outro lado, alguns condutores parecem ter mais sorte. Um deles conta que “os desentendimentos com passageiros não são comuns, já ocorreram alguns casos isolado, mas não é comum”.
Em outro relato, o motorista conta que o tempo de experiência atuando com esse tipo de serviço acaba gerando uma “certa experiência para lidar com a sensação de insegurança”. “Apesar disso, é impossível se sentir 100% seguro. Tem endereços que são para bairros mais perigosos, pedidos de entrega de objetos sem procedência e pedidos de viagens nas contas de terceiros”.
Revolta
Sobre o ataque ao motorista ocorrido nesta segunda-feira, um dos entrevistados classificou como “extremamente frustrante, intimidador e revoltante”. Outro completou: “Não é a primeira vez que casos como esse acontecem. Em outros estados já tivemos até motoristas assassinados. Isso é lamentável. Só queremos trabalhar”.