Trabalhadores informais que foram recentemente retirados da Praça de Fátima, em decorrência das obras de reforma e ampliação da Catedral de Nossa Senhora de Fátima estão apreensivos. Apesar de estarem agora na Praça União, que conta com casas próximas e um constante fluxo de veículos, esses trabalhadores estão enfrentando uma diminuição nas vendas e um movimento bem menor do que estavam acostumados na antiga localização.
A mudança afetou principalmente os vendedores de hortaliças, um grupo de 21 trabalhadores que agora estão tentando se adaptar ao novo cenário. Eles possuem autorização para montar suas barracas nas quartas e sábados, mas têm reclamado que esses dois dias não são suficientes para manter seus negócios sustentáveis. Muitos outros trabalhadores também aproveitam esses dias para estabelecer suas bancas na Praça União, o que torna a competição por clientes ainda mais acirrada.
Diante dessa situação, os trabalhadores informais cobram uma solução. Uma das principais reivindicações é que a prefeitura autorize que eles trabalhem em mais dias da semana. Para esses trabalhadores, a mudança foi imposta devido às obras da catedral, e agora eles precisam de um ambiente propício para continuar a sustentar suas famílias. O caso já foi encaminhado para a prefeitura, que ainda não se pronunciou sobre as novas reclamações.
É importante ressaltar que a Praça de Fátima, onde esses trabalhadores atuavam por mais de 20 anos, é propriedade privada da Diocese de Imperatriz. Portanto, a prefeitura teve um papel limitado no processo, principalmente no que se refere à realocação dos trabalhadores informais. A diocese já se pronunciou afirmando que a retirada desses trabalhadores é definitiva e que a praça será destinada exclusivamente a atividades religiosas.
A situação divide opiniões em Imperatriz pela tradicionalidade que a Praça de Fátima sempre teve com o comércio. Os demais trabalhadores da área foram levados para a área próxima ao terminal da integração e para o Shopping da Cidade, próximo ao Hospital Regional. Todas as estruturas fixas da Praça de Fátima foram demolidas ainda em agosto.
De acordo com a Diocese, além da ampliação da Catedral, também deve ser construído um museu e outras estruturas que retratem parte da história religiosa de Imperatriz. Ainda não há uma previsão exata para o fim das obras que começaram no meio do ano.