A sessão do Tribunal de Justiça Desportiva do Maranhão, que discutia a denúncia feita pelo Imperatriz contra o Moto Club em relação a irregularidades na contratação de um atleta, foi suspensa por três votos a dois para a realização de um perícia grafotécnica. O objetivo é verificar cientificamente a assinatura do jogador no contrato com a agremiação.
Apesar da decisão favorável para a realização da perícia, o atleta não será obrigado a participar do exame, o que, segundo a defesa do Imperatriz, não compromete a análise, uma vez que a Federação Maranhense de Futebol possui o contrato original e que a comparação poderá ser feita por meio da análise de documentos oficiais do jogador.
A denúncia protocolada pelo Imperatriz, indica que o atacante Gleydisson da Silva Santos não assinou o próprio contrato, o que invalidaria a contratação, bem como as partidas das quais ele participou. O documento protocolado pela defesa do Cavalo de Aço lista sete jogos, somente um deles foi contra o Imperatriz.
O interesse do Imperatriz é na vaga conquistada pelo Moto Club na Copa do Brasil. Se perder os pontos somados com a atuação irregular do jogador, o Cavalo de Aço subiria para a 3ª posição e, consequentemente, ficaria com a terceira vaga.
Para o advogado de defesa da agremiação imperatrizense, Gabriel Ahid Costa, a condução pelo TJD foi positiva. “O primeiro passo para uma decisão justa e esclarecedora é a possibilidade de uma boa produção de provas, boa instrução do processo. Então, só o fato de não ter tido um arquivamento sumário ou mesmo o indeferimento de uma prova, que por ser técnica, vai definir as instruções, isso dá mais confiança de um processo bem preparado para uma boa decisão”.