O laudo do exame de corpo de delito feito no policial militar Adonias Sadda, no fim da semana passada, desmente o depoimento prestado pelo PM à Polícia Civil. De acordo com a Delegacia de Homicídios de Imperatriz, o policial alegou que o médico Bruno Calaça o teria ferido com um chute antes de ser atingido com o tiro, na tentativa de desarmá-lo, mas o exame concluiu que não há compatibilidade entre a lesão apresentada pelo PM, como sendo desse momento de confronto, e o relato prestado por ele mesmo no segundo depoimento, onde apresentou essa versão.
O corpo de delito foi feito na sexta-feira passada (30), logo após o PM prestar um novo depoimento. Adonias Sadda manteve a versão de tiro acidental, mas trouxe o novo elemento de que teria sido atingido por um chute de Bruno antes do disparo. Segundo a Delegacia de Homicídios, “a lesão foi confrontada com trechos do depoimento onde ele alega essa lesão e com trechos de vídeos e o resultado foi que a lesão é totalmente incompatível com a narrativa dele”, explicou o delegado Praxísteles Martins.
Bruno Calaça foi morto no dia 26 de julho com um tiro à queima-roupa. As câmeras de segurança da boate na Avenida Beira-Rio registraram toda a ação do policial militar Adonias Sadda, que matou o médico. A previsão é de que o inquérito da Polícia Civil seja concluído nos próximos dias. Três pessoas investigadas ainda estão foragidas. O policial militar Adonias Sadda está preso no Quartel do 3º BPM, em Imperatriz.