De acordo com a Polícia Civil, as seis mortes ocorridas esta semana, em Imperatriz, foram cometidas por ataques de facções criminosas. Das seis vítimas, apenas uma, identificada como Geovane, morta no ataque a um depósito de bebidas no Parque Santa Lúcia ontem (28), tinha envolvimento com um mundo do crime, com passagens no sistema prisional.
Entre as vítimas dos ataques nesta semana, estão dois adolescentes, Pedro Henrique da Silva Sousa, de 16 anos, morto enquanto trabalhava na Av. Newton Bello, no bairro Santa Inês, e Suellen Soares Rocha da Silva de 13 anos, morta enquanto dormia, no bairro São José. Nos dois casos, os alvos dos criminosos eram os irmãos das vítimas.
Para a polícia, todos os ataques são por disputa de territórios nos bairros da cidade. Na noite de ontem (28), uma operação foi iniciada na cidade, juntando as forças policiais para combater os ataques. A operação foi determinada pela Secretaria de Segurança Pública do Estado após as últimas mortes.
ATAQUE EM DEPÓSITO DE BEBIDAS
Na tarde do feriado desta sexta-feira (28), quatro pessoas foram baleadas em um depósito de bebidas na Avenida Itaipu, no Parque Santa Lúcia, em Imperatriz. De acordo com a polícia, das quatro vítimas, três morreram e uma foi levada para o bloco cirúrgico do Hospital Municipal.
Ainda segundo a polícia, o crime foi cometido por três criminosos em um carro Gol vermelho. Dois deles desceram do veículo armados e efetuaram os disparos, dois homens que estavam no estabelecimento morreram a caminho do hospital. O proprietário do estabelecimento, um idoso de 60 anos, morreu ainda no local. O disparo atingiu a costela do idoso.
A perícia na área do crime apontou que pelo menos 11 disparos foram realizados pelos assassinos. As investigações indicam que alvo dos criminosos era apenas um dos homens que estava no depósito, identificado como Geovane Miranda de Almeida, de 34 anos, vulgo menor G. Ele tem passagens pelo sistema prisional.
As outras vítimas foram identificadas como Celso Bezerra Parreira, mas conhecido como Celso Pintor, de 47 anos. Segundo familiares, Celso estava no local apenas para comprar bebida. E Rogério da Silva Luiz, 60 anos, proprietário do estabelecimento.
JOVEM MORTO A TIROS NO SÃO JOSÉ
Ainda nesta sexta-feira (28), um jovem morreu após ser baleado no bairro São José. De acordo com informações, os atiradores estavam em uma bicicleta e efetuaram vários disparos contra a vítima identificada como João Vitor, de 22 anos.
A vítima chegou a ser socorrida por um veículo particular, mas não resistiu aos ferimentos e morreu minutos depois de dar entrada no Hospital Municipal de Imperatriz.
O crime aconteceu na rua Washington Luís, entre a divisa dos bairros Parque São José e Planalto. De acordo com a polícia, ele não tinha passagens pelo sistema prisional.
MENINA MORTA A TIROS ENQUANTO DORMIA
Na madrugada deste sábado (29), uma adolescente de 13 anos, foi morta a tiros enquanto dormia, no bairro São José. Segundo a polícia, criminosos pularam o muro da casa da menina e foram até o quarto onde ela dormia com os pais e o irmão de 5 anos.
O pai da adolescente chegou a se jogar na frente da filha quando ouviu os tiros e também foi baleado. Ele foi socorrido e levado em estado grave ao hospital.
A polícia acredita que o alvo dos criminosos era um irmão da vítima, que não estava na casa. O caso está sendo investigado.
ADOLESCENTE MORTO ENQUANTO TRABALHAVA NO BAIRRO SANTA INÊS
Na última terça-feira (25), um adolescente identificado como Pedro Henrique da Silva Sousa, de 16 anos, foi morto a tiros na loja em que trabalhava, na Avenida Newton Bello, no bairro Santa Inês.
O delegado Praxísteles Martins, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, afirmou ao Imperatriz Online que o adolescente foi morto propositalmente como vingança contra o irmão, que segundo o delegado, é membro de uma facção e teria ido embora para outro estado para não ser morto por membros de facções rivais.
O crime foi cometido por dois homens, um deles ficou fora do local enquanto o outro entrou onde a vítima trabalhava e efetuou os disparos.
O Delegado confirmou ainda, que a vítima, Pedro Henrique, não tinha nenhum envolvimento com o mundo do crime e que era um rapaz trabalhador.