Familiares e amigos de Patrícia Rodrigues e Patrícia Almeida, realizaram protesto em frente à Delegacia de Imperatriz, na noite desta terça-feira (05), pedindo justiça para os dois casos, que foram considerados como feminicídios. Em ambos os crimes, os ex-maridos das vítimas são apontados como os assassinos.
Patrícia Rodrigues foi assassinada com golpes de barra de ferro por Samuel de Sousa Santos, em julho deste ano, no município de João Lisboa, distante 12 km de Imperatriz. Segundo a investigação, Samuel invadiu a casa da vítima e a matou enquanto ela dormia. A policia divulgou que o acusado não aceitava o fim do relacionamento.
Samuel vai a Júri Popular, a partir das 8h30, desta quarta-feira (06), em João Lisboa. Segundo o Ministério Público do Maranhão (MP-MA), além de feminicídio, o crime cometido também se enquadra em homicídio qualificado, já que aconteceu por motivo fútil, de forma cruel e que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima. Nesses casos, a pena aplicada para Samuel pode ser de 12 a 30 anos.
PATRÍCIA ALMEIDA
A empregada domestica, Patrícia Almeida, foi encontrada morta, na zona Rural de Imperatriz, com um tiro na cabeça, após ficar desaparecida por nove dias. Segundo informações do delegado Praxíteles Martins, da Delegacia de Homicídios, o corpo estava em avançado estado de decomposição e foi reconhecido pelos familiares da vítima, que identificaram as roupas como sendo as mesmas usadas por Patrícia antes dela desaparecer.
As Polícias Civil do Maranhão e do Pará estão realizando uma força-tarefa para tentar localizar e prender Daniel da Costa Silva, de 39 anos, ex-marido da vítima. O autordo crime foi visto pela última vez no distrito de Lindoeste, próximo a cidade de São Félix do Xingu, no estado do Pará. Mas o homem fugiu do local onde estava escondido, antes da chegada dos policiais de Imperatriz.
No local onde Daniel estava escondido foi encontrada uma motocicleta, que teria sido usada pelo suspeito na fuga de Imperatriz, além objetos pessoais dele.
O carro do ex-marido de Patrícia foi localizado pela Polícia Militar na zona rural de Davinópolis, também na região Tocantina, e foi enviado para a perícia, porque foram encontradas manchas que podeeriam ser de sangue.