Na noite do último domingo (04), o programa Fantástico, da TV Globo, exibiu uma reportagem especial sobre o caso da esteticista Jordélia Pereira Barbosa, acusada de envenenar uma família utilizando um ovo de Páscoa, em Imperatriz, no Maranhão. A matéria trouxe à tona detalhes estarrecedores sobre o planejamento e execução do crime, que terminou com a morte de duas crianças.
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De acordo com a polícia, Jordélia viajou quase 400 quilômetros, saindo de Santa Inês (MA), com o objetivo de se vingar de Mirian Lira Rocha, atual namorada de seu ex-marido, Antônio Alves Barbosa Filho. O plano: envenenar um ovo de Páscoa e enviá-lo como presente. Mirian, junto com os filhos Evely, de 13 anos, e Luís Fernando, de 7, consumiram o chocolate. As duas crianças não resistiram e morreram.
A reportagem revelou que Jordélia se hospedou em um hotel na cidade usando uma peruca preta para despistar a polícia. Ela chegou a ir até o supermercado onde Mirian trabalhava, tentando realizar uma falsa ação de degustação de chocolates. Sem sucesso, decidiu então comprar um ovo de Páscoa em um shopping e contratou um mototaxista para fazer a entrega na casa da vítima.
O mototaxista, que preferiu não se identificar, relatou que recebeu todas as instruções com riqueza de detalhes, nome da destinatária, endereço, referência, e chegou a ser orientado a perguntar por Mirian. Dias depois, ao saber das mortes, procurou a polícia e colaborou com as investigações.
A polícia afirma que o crime foi meticulosamente planejado. Câmeras de segurança registraram os passos de Jordélia em Imperatriz. Após a entrega, ela ainda ligou para Mirian para confirmar o recebimento do presente, dizendo apenas que ela “saberia quem tinha mandado”.
Jordélia fugiu da cidade logo após o ocorrido. A polícia passou a monitorar ônibus que saíam da região e conseguiu prendê-la no dia 17 de abril, próximo à cidade de Santa Inês. Em sua posse foram encontradas perucas e materiais usados na adulteração do chocolate.
O Ministério Público enquadrou a esteticista nos crimes de duplo homicídio qualificado e tentativa de homicídio, alegando motivo torpe, vingança. Caso condenada, ela poderá cumprir pena de 12 a 30 anos de prisão por cada crime.
A defesa de Jordélia afirma que ela nega as acusações e que os fatos serão esclarecidos no decorrer do processo judicial.
O caso segue em investigação e comoveu a população do Maranhão, tanto pela brutalidade quanto pela frieza com que foi executado.