A quinta-feira (17) começou com operação conjunta do Ministério Público e da Polícia Civil em Imperatriz. A operação, que investiga desvio de recursos públicos na cidade, resultou na prisão de um servidor vinculado a Superintendência de Limpeza Pública Urbana e no afastamento de quatro servidores, entre eles o secretário e subsecretário da Secretaria Municipal de Infraestrutura, o superintendente de Limpeza Pública Urbana e um fiscal.
A investigação apontou um superfaturamento na contratação de uma firma especializada em limpeza pública urbana. A contratação da empresa ocorreu em maio de 2018, pelo valor de R$ 25.968.018,96, mas o valor foi elevado ao total de R$ 58.183.579,48 depois de dois aditivos que estenderam o contrato até março de 2021. De acordo com o MP, a justiça determinou o bloqueio de bens correspondentes ao superfaturamento realizado, avaliado em R$ 10 milhões.
Além do mandado de prisão contra um servidor, foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão, em endereços dos investigados, nas cidades de Imperatriz, Rio de Janeiro e São Miguel, no Tocantins, como também na sede de empresa e em algumas Secretarias Municipais de Imperatriz.
As investigações começaram após representação formulada pela 1º Promotoria de Justiça Especializada na defesa do Patrimônio Público de Imperatriz, dando conta de uma possível organização criminosa com atuação no âmbito da Sinfra e Superintendência de Limpeza Pública Urbana de Imperatriz, integrada por agentes públicos e por particulares, dividida em núcleos administrativo e empresarial, estruturada para o desvio de verbas públicas do erário municipal.