O Conselho de Disciplina da Polícia Militar do Maranhão prorrogou o prazo para a conclusão do processo administrativo que investiga a conduta do policial militar Adonias Sadda. Ele matou o médico Bruno Calaça, em julho. Inicialmente, o procedimento deveria ter sido concluído em 30 dias, mas o Imperatriz Online conseguiu confirmar que o prazo foi dilatado.
Questionado pela nossa produção sobre o andamento do procedimento, o presidente do Conselho de Disciplina da PM, Major QOPM Wemerson, informou que a Polícia Militar continua analisando o caso. “Estamos realizando diligências conforme as prescrições legais”, disse. Os outros questionamentos acerca da motivação do prorrogação não foram respondidos.
O procedimento aberto pela Polícia Militar quer apurar se houve falha na conduta do policial Adonias Sadda na madrugada em que ele atirou contra o médico Bruno Calaça. O irmão do médico, William Calaça, que presenciou o ocorrido foi uma das pessoas ouvidas pelo Conselho de Disciplina da PMMA.
Adonias Sadda é um dos mais de 800 policiais militares do Maranhão que estão sendo investigados por irregularidades. No caso de Adonias Sadda, a investigação é relativa a homicídio. O militar já foi indiciado pela Polícia Civil e denunciado pelo Ministério Público Estadual. O procedimento administrativo da PM foi aberto no final do mês de julho.
Relembre o caso
Adonias Sadda foi filmado por uma câmera de segurança da boate Del Lagoa, na Beira-Rio. O aparelho flagrou o momento em que o advogado Ricardo Barbalho e o militar se aproximam da vítima e logo depois a hora em que Sadda atira à queima roupa no jovem de 23 anos de idade, que estava comemorando a conclusão do curso de Medicina.
Uma terceira pessoa chegou a ser investigada, mas a Polícia Civil não encontrou elementos suficientes para indiciá-lo. Na semana passada, o advogado Ricardo Barbalho voltou a ser preso após um pedido do Ministério Público Estadual. Logo depois do indiciamento, ele tinha sido colocado em liberdade com uso de tornozeleira eletrônica.