A família de uma mulher de 48 anos, infectada com Covid-19, viveu momentos de desespero nesta semana, em Imperatriz. Pelas redes sociais, a filha da paciente fez um desabafo em tom de desespero. “Minha mãe está medicada e não pode ficar internada porque não tem onde internar. Nem público, nem particular, nada. Zero vagas. Eu não sei mais o que fazer”, escreveu.
O caso aconteceu na madrugada da última terça-feira, quando a família tentava atendimento médico para a mãe. Ao Imperatriz Online, a mulher, que preferiu não se identificar, contou que em um primeiro momento buscou atendimento na rede privada e, sem sucesso, levou a mãe para a UPA da Bernardo Sayão, de responsabilidade do Governo do Estado.
Além do desespero da busca por um leito, a mulher também relatou o cenário de caos que encontrou na unidade. “Todas as salas estavam cheias e em todas elas tinha pacientes utilizando oxigênio. E aquelas eram salas de medicação. A médica que atendeu minha mãe disse que não tinha nenhum leito disponível, mas que se a gente quisesse poderia esperar durante a madrugada para ver se algum leito desocupava”.
Imperatriz voltou a atingir capacidade máxima na ocupação de leitos de enfermaria na rede de saúde estadual. Hoje, 100% das vagas estão ocupadas. Na rede privada, o cenário não é diferente. Não há mais leitos de UTI disponíveis para quem precisa e pode pagar pelo serviço. Nesta sexta-feira, dos 102 leitos de UTI que a cidade possui, somando todas as redes, só tem quatro livres.