O insucesso do Governo Federal na compra de agulhas e seringas para a vacinação contra a Covid-19 põe em cheque a efetividade do calendário de imunização nacional, previso para começar no próximo mês. Enquanto isso, o Governo do Maranhão tem se articulado desde o final do ano passado para montar e garantir o próprio calendário vacinal, caso o nacional não seja cumprido.
Em entrevista ao G1 Maranhão, o secretário de saúde, Carlos Lula, garantiu que o estado tem pelo menos quatro milhões de agulhas e seringas em estoque, o que seria suficiente para iniciar a imunização. A população maranhense ultrapassa os sete milhões de pessoas, segundo a estimativa do IBGE no ano de 2020, mas semelhante ao planejamento do Governo Federal e dos outros estados, a vacinação deve começar pelos grupos de risco para o novo coronavírus.
Outra previsão confirmada pelo titular da pasta da Saúde é a de que a organização do cronograma de vacinação no estado se mantém para a segunda quinzena de janeiro, data limite para que o Governo do Brasil anuncie seu planejamento de imunização.
Em dezembro, o STF autorizou o governo maranhense a comprar doses da vacina contra a Covid-19 diretamente com os fornecedores, assegurando que o estado possa montar e executar o próprio calendário vacinal.
Segundo apurado pelo Jornal Nacional, as quatro licitações abertas pelo Governo Federal para a compra desses insumos não obtiveram sucesso, uma vez que os fornecedores alegam que a tabela de valores praticada pelo Ministério da Saúde está defasada. Das mais de 300 milhões de unidades que pretendia comprar, o Ministério da Saúde só conseguiu adquirir pouco menos de 8 milhões.
