As populações de pessoas declaradas como brancas e pardas foram as que mais tiveram óbitos por causas naturais no Maranhão, desde o início da pandemia causada pelo novo coronavírus. Entre 16 de março e 30 de junho deste ano, o estado registrou aumento de 49,7% no total geral de mortes, em comparação com 2019, mas a distribuição foi desigual entre sua população. Enquanto a população branca, registrou um aumento de 88,6% no número de mortes, os pardos tiveram crescimento de 81,3%; entre os pretos, o número cresceu 72,1%. Os óbitos entre a população indígena registraram aumento de 6,3%, enquanto os de amarelos tiveram uma queda de -6,3%.
Em números absolutos, as mortes registradas em Cartório neste período totalizaram 8.323, sendo 1.677 óbitos de pessoas declaradas brancas, 5.503 de pardos e 666 de pretos. Foram 67 falecimentos de indígenas, e 59 de pessoas declaradas como amarelas 59. Constam, ainda, 351 óbitos cuja raça/cor não foi declarada pelo médico e/ou o declarante no momento do registro de óbito.
Os óbitos apenas por COVID-19 atingiram a população maranhense, basicamente, na mesma proporção de sua distribuição. Foram 23,7% óbitos de pessoas declaradas brancas, 62,8% de pessoas declaradas pardas, e 9,6% da população preta. Indígenas representaram 0,6% dos mortos pelo novo coronavírus, amarelos representaram 0,5%; constam como raça/cor ignorada 2,9% dos óbitos causados pela doença. No Brasil, 44,4% de óbitos por COVID-19 foram de pessoas declaradas brancas, já as pessoas pardas correspondem a 38,4% desses óbitos e 8,2% representam os declarados pretos. Os indígenas foram um total de 0,24% e os amarelos 1,5%; constam com raça/cor ignorada 7,2% dos óbitos causados pela doença.
Fonte: Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado do Maranhão